domingo, 27 de novembro de 2011

Quem presta?

"Digo mais. Retorno. Faço o uso dos contrários e atesto mais que eu não prestar: você não presta. As suas coisas não têm valor nenhum para ninguém. Suas lágrimas são apenas suas lágrimas e ninguém de fato está se compadecendo dela. Acredite. Nada em você presta e mesmo assim, julga com toda a certeza do mundo os lados negros dos outros. Mais que o outro que não tem significância nenhum, você não presta muitas vezes mais. Pois julga já a fragilidade do outro que de certo modo sobra em você.

Os seus erros não são nem um pouco menor ao dos outros. Se fede ali, em cima de você também há de existir abutres atrás de carnes podres e não adianta fugir, sempre existirá em algum lugar, qualquer que seja ele, gente de olho em você e provando que tudo é desprezível em seus passos e gestos. Que cada gota de sangue sua no fundo vai parar de circular por teu corpo e fazer-te uma paralisia estática e sem grande funcionabilidade.

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