segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Diante de mim mesma.


O quê que a gente faz, quando não tem o que fazer?!
O quê que a gente fala, quando não tem o que falar?!
Como que a gente foge, quando não tem pra onde fugir?!
Como que faz pro tempo passar?! 
Definitivamente não sei se alguma vez na vida, a situação ficou tão fora de controle como agora, é como se não tivesse um controle pra mudar o canal da tv, e nem mesmo aqueles botõeszinhos de apertar funcionasse. Não ter respostas, não ter perguntas, não ter pra quem perguntar. Não ter culpa, não ter culpado, não ter a quem culpar... 
É difícil assumir que nós somos donos dos nossos próprios atos, difícil porque a vida alheia é mais fácil de resolver do que a nossa própria vida, difícil porque pedra no telhado do vizinho não assusta, mas quando é no nosso, enfiamos debaixo da cama. 
Uma insônia, um olho inchado e um milhão de caraminholas na cabeça, minha vó estaria feliz e sorridente com a situação, mas é difícil sorrir quando vem um vendaval e coloca tudo fora da razão... 
Organizar bagunça é bem mais difícil do que bagunçar, e como boa bagunceira que sou, nunca fui muito de arrumar... arrumar o rumo, o sumo, o feito... Arrumar uma explicação, arrumar o chão, o deleito. Arrumar a vida, que virou de ponta pro ar; de repente, não mais que de repente, tudo ficou fora do lugar :(