“Quando
se deseja realmente dizer alguma coisa, as palavras são inúteis. Remexo
o cérebro e elas vêm, não raras, mas toneladas. Deixam sempre um gosto
de poeira na boca – a poeira do que se tentava expressar, e elas
dissolveram. Quanto mais palavras ocorrem para vestir uma idéia, mais
essa idéia resiste a ser identificada. As sucessivas roupas sufocam a
sua nudez. E todas as palavras são uma grande bolha de sabão, às vezes
brilhante, mas circundando o vazio. Ah, se eu pudesse escrever com os
olhos, com as mãos, com os cabelos – com todos esses arrepios estranhos
que um entardecer de outono, como o de hoje, provoca na gente.”
Que saudades que eu tava de me enquadrar em versos lindos e simples do grande Caio... boa noite pra mim, boa noite pra você e que o frio que eu to sentindo na barriga se transforme em uma coisa muito boa.
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